Síndrome do Piriforme.

9 de julho de 2017 | Por

O que é a síndrome do PIRIFORME?

O músculo piriforme se estende desde a superfície pélvica do osso sacro (coluna) até a borda superior do trocânter maior (fêmur). Sua função principal é a de mover a coxa lateralmente e gerar uma rotação lateral.

A SÍNDROME DO PIRIFORME refere-se a uma irritação do nervo ciático na sua saída da pelve para a região glútea ao passar através do músculo piriforme localizado profundamente na nádega.

O nervo ciático é o maior nervo do corpo e sua inflamação causa dores na região posterior do quadril, nádega e frequentemente irradiam para a coxa e perna.

Como isto ocorre?

O nervo ciático passa entre os músculos piriforme e obturador interno, embora em cerca de 15% das pessoas o nervo atravesse o músculo piriforme.

Nas condições em que o músculo piriforme esteja tenso, hipertrofiado ou apresentando um espasmo localizado, o nervo ciático poderá ser comprometido.

A síndrome acomete corredores, ciclistas, triatletas e praticantes de academia. A posição sentada por longos períodos na bicicleta ou mesmo os impactos repetidos durante um treino de mountain bike podem provocar dor local. Na corrida, os treinos de subida são alguns dos fatores desencadeantes da s. do piriforme.

A S. do piriforme está correlacionada também às longas corridas em declive e aos exercícios excessivos de fortalecimento da musculatura glútea e coxa.

Quais são os sintomas?

  • Dor profunda localizada na nádega em caráter de queimação, podendo irradiar para a coxa do mesmo lado.
  • Piora ao caminhar, correr ou aos movimentos de rotação lateral do quadril, como fazemos ao sentar com as pernas cruzadas.
  • Dor durante os movimentos de sentar e levantar de uma cadeira.

Como a síndrome é diagnosticada?

A história e o exame clínico são fundamentais para o diagnóstico adequado.

O exame clínico consiste no exame ortopédico e testes especiais de movimentação do quadril, desencadeando a dor referida.

Os exames de imagem como radiografias, tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem ser úteis na confirmação diagnóstica.

O diagnóstico pode ser confundido com outras doenças como as bursites, as lombalgias em geral, as tendinites dos músculos flexores do joelho e as dores provenientes das hérnias de disco.

Como a síndrome é tratada?

  • Medicamentos analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares sob prescrição médica.
  • Injeção local de anestésicos e corticosteróides
  • Fisioterapia, RPG
  • Repouso
  • Cirurgias nos casos mais graves e sem melhora com tratamento clínico por período prolongado.

Como a síndrome pode ser prevenida?

A prevenção pode ser feita através de um treinamento adequado, com exercícios de alongamento dos músculos rotadores internos e externos do quadril acompanhados de aquecimento adequado.

Moderação nos exercícios de fortalecimento de glúteos, sempre acompanhados por exercícios de alongamento.

Quando eu poderei voltar aos treinamentos?

O objetivo da reabilitação é permitir o retorno ao esporte com segurança o mais breve possível.

O retorno precoce às atividades físicas, ainda na presença de dor pode desencadear piora dos sintomas.

No geral, quanto mais tempo transcorrer entre o início da dor e o começo de um tratamento, mais tempo levará para a melhora dos sintomas.

Você poderá retornar ao esporte com segurança quando os objetivos abaixo forem progressivamente atingidos:

  • Movimentos normais dos membros inferiores
  • Força semelhante entre os membros inferiores
  • Trote indolor
  • Tiros retos sem dor
  • Corridas em curva e com mudanças de direção sem dor
  • Movimentos de saltos

Bons treinos!