O uso frequente dos sapatos com salto alto propicia o surgimento de algumas alterações biomecânicas no pé e tornozelo, capazes de modificar a maneira de se locomover ou de se manter em repouso.
Limitação dos movimentos naturais do pé e tornozelo (prono-supinação) durante a marcha
Modificação da marcha natural
Modificação na distribuição do peso corporal sobre o pé
Alterações nas zonas de pressão da planta dos pés durante a marcha ou no repouso
Aumento das pressões sobre as estruturas ósseas, ligamentares e cartilaginosas do antepé
Aumento das pressões laterais sobre os dedos dos pés, principalmente nos sapatos com câmaras anteriores estreitas e fechadas (sapatos altos de “bico fino”)
Aumento da lordose lombar
Modificação do centro de gravidade corporal
Diminuição da ação muscular de contração da musculatura da perna quanto maior for a altura do salto
Menor tensão de estiramento sobre o tendão calcâneo durante a marcha
Limitação da ação muscular da perna no “bombeamento” do sangue venoso
O uso a longo prazo dos sapatos altos pode propiciar um aumento dos fatores de risco para uma série de lesões musculoesqueléticas e vasculares.
Dor lombar (Lombalgia)
Dores nos pés
Aumento do risco de torsões do tornozelo
Dificuldades de caminhar descalço ou com sapatos baixos
Reações de estresse e fraturas de estresse dos ossos do pé
Hallux Valgus (deformidade do 1o raio) e processos inflamatórios frequentes (“joanetes”)
Inflamações e processos degenerativos da fáscia plantar
Deformidades dos dedos
Processos inflamatórios e/ou degenerativos do tendão calcâneo (aquiles)
Aumento do volume de sangue venoso represado nos membros inferiores, com sinais e sintomas de inchaço, dores nas pernas e “sensação de peso”
Varizes de membros inferiores
Medidas de prevenção:
Evitar saltos com mais de 5 cm
Exercícios de alongamento dos músculos do tronco (CORE), coxa e perna
Exercícios de fortalecimento dos músculos do tronco (CORE), coxa e perna
Crioterapia e massagens locais
Ter sempre um tênis ou sapato baixo para ser utilizado após o horário de trabalho ou nos intervalos do trabalho
Optar por saltos do tipo plataforma, pois reduzem as alterações biomecânicas e a sobrecarga que os saltos altos finos promovem
Alternar os dias de utilização dos saltos altos e baixos