Entorse do Tornozelo na Corrida.

9 de julho de 2017 | Por

Durante a corrida, estamos sujeitos a acidentes de várias formas. A entorse do tornozelo é uma situação acidental que pode atrapalhar a continuidade da corrida ou mesmo interrompê-la.

A entorse do tornozelo é muito frequente na prática esportiva, apresenta –se com gravidades diferentes e atinge principalmente os esportes que apresentam movimentos com mudanças de direção.

Como ela ocorre?

Durante a corrida, podemos torcer o tornozelo numa passada mal feita ou ao pisarmos dentro de um buraco ou num terreno irregular. O ato de torcer o tornozelo significa realizar um movimento amplo e maior do que o permitido pela articulação, o que provoca lesões nas estruturas estabilizadoras, começando pela cápsula, e seguindo pelos ligamentos.

A maioria das lesões provocadas pela entorse afeta os ligamentos do complexo lateral do tornozelo, mas pode haver lesões na parte interna (medial) ou nos ligamentos do pé. Os ligamentos são bandas de tecido fibroso, que conectam ossos na articulação e ao serem rompidos podem provocar mudanças na estabilidade da região atingida.

Alguns fatores são predisponentes como, problemas na percepção de posição do pé e tornozelo (propriocepção), frouxidão ligamentar, lesões anteriores dos ligamentos, terrenos irregulares (tipo de superfície, aderência do piso) e o tipo de calçado.

Quais são os sintomas?

Durante a entorse, pode-se ouvir um estalido ou apenas sentir dor intensa, geralmente localizada na região lateral do tornozelo. Após alguns minutos observa-se inchaço localizado (edema), formação de hematoma, limitação de movimentos e dificuldades em apoiar o pé no chão.

Como é diagnosticada?

A história do paciente é de extrema importância na elaboração do diagnóstico clínico, pois através dela saberemos com realmente ocorreu o acidente.

O exame físico revela pontos de dor, graduação do inchaço (edema), mudança da cor da pele (hematoma), e testes especiais poderão revelar sinais de instabilidade do tornozelo.

As radiografias simples em pelo menos duas posições informam sobre possíveis fraturas associadas ou deslocamentos de ossos do pé ou tornozelo, que muitas vezes não conseguimos identificar no primeiro exame do atleta.

O exame de ressonância magnética é capaz de mostrar detalhes da lesão, identificar o(s) ligamentos lesados e mostrar lesões adicionais, trazendo ao especialista maiores informações sobre a gravidade da entorse.

Como é tratada?

Logo após a entorse procuramos aplicar gelo sobre o local por 20 a 30 minutos, mantendo o tornozelo imóvel e numa posição elevada em relação ao solo. Procurar não apoiar o pé no chão e repetir a aplicação de gelo a cada 3 a 4 horas, até que se tenha uma avaliação por especialista e se inicie o tratamento definitivo.

A dor e a inflamação podem ser controladas com analgésicos e antiinflamatórios a critério médico.

A imobilização após indicação médica pode ser feita com aparelhos de gesso, talas ou órteses especiais que permitem a realização de fisioterapia simultaneamente.

A gravidade da lesão e as formas de tratamento determinam o tempo de recuperação e o retorno ao esporte. Alguns casos apresentam maior gravidade e associados às características do atleta podem ser de tratamento cirúrgico. Tratar adequadamente também significa prevenir outras lesões.

Boa corrida!