A vitamina D e a prevenção de lesões.

11 de julho de 2017 | Por

A vitamina D é um importante componente do desenvolvimento, manutenção e função do sistema musculoesquelético. O termo vitamina D se refere tipicamente ao colecalciferol ou vitamina D3.

Os níveis adequados de vitamina D se correlacionam com maior densidade mineral óssea, menores taxas de fraturas por osteoporose e incremento da função neuromuscular. A literatura mundial apresenta um grande debate sobre os níveis adequados para as necessidades diárias, e quanto se deveria repor para prevenir as deficiências de vitamina D.

Dados epidemiológicos recentes tem identificado um número crescente de pessoas aparentemente saudáveis com deficiências de vitamina D. Além disso, há um número crescente de pacientes ortopédicos com deficiências de vitamina D, que apresentam risco de desenvolvimento de fraturas, retardo da consolidação óssea, e diminuição da função neuromuscular.

A hipovitaminose D é um termo que descreve a insuficiência ou deficiência dos níveis de vitamina D e ressurgiu recentemente como uma preocupação global à saúde das populações.

A vitamina D é obtida através de fontes da dieta, suplementação oral e exposição a luz solar. A conversão do 7-dehydrocolesterol para a vitamina D3 pela ação da radiação ultravioleta (UVB) na pele é a fonte primária de vitamina D na maioria das pessoas. Alimentos como leite e cereais representam a maior fonte de vitamina D originada da dieta nos países como EUA e Canadá.

A vitamina D3 sintetizada na pele ou originada da dieta é inativa e deve ser convertida na forma ativa, através de processos metabólicos que ocorrem no fígado e rins principalmente.

Classicamente a função primária da vitamina D é manter o equilíbrio do cálcio no sangue. A vitamina D estimula a absorção intestinal de cálcio e fósforo e aumenta a reabsorção de cálcio nos túbulos renais. Na ausência de vitamina D, a absorção de cálcio e fosforo intestinal é reduzida em até 50%, o que determina a máxima produção de um hormônio, o paratormônio (PTH), capaz de promover o equilíbrio do cálcio sanguíneo novamente, através da reabsorção de cálcio dos ossos.

Muitos autores consideram 30 ng/ml, como os níveis mínimos de vitamina D no sangue, embora mais recentemente outros autores consideram como 20 ng/ml os níveis mínimos normais. Estabelecem como insuficiência, os níveis entre 12 e 20 ng/ml e como deficiência, os níveis inferiores a12 ng/ml.

Classicamente a deficiência de vitamina D pode levar a uma pobre mineralização óssea tanto na criança como no adulto, predispondo a deformidades e fraturas. Embora a discussão permaneça sobre os níveis de normalidade da vitamina D, assim como as doses ideais e formas de tratamento, recomenda-se um envolvimento ativo entre o médico e o seu paciente no sentido de buscar um diagnóstico e instituir um tratamento precoce.

Bons treinos e previna-se!