Os efeitos do exercício físico no Envelhecimento Músculo Esquelético.

11 de julho de 2017 | Por

Envelhecer é o caminho natural de todos nós, e todo este processo se baseia em complexas interações entre a carga genética e o modo que vivemos.

Interromper o processo de envelhecimento dos nossos tecidos não é tarefa possível até o momento, porém podemos minimizar os efeitos negativos com a adoção de comportamentos adequados ao longo da vida.

Hoje sabemos que a longevidade com qualidade, “viver mais e com saúde”, está diretamente ligada aos nossos hábitos e comportamentos quando ainda somos jovens. A Ciência tem procurado estudar as relações da genética humana com todos estes fatores, como a prática de exercícios físicos, a alimentação e o estresse.

Para a maioria de nós, é difícil imaginar como estará a nossa saúde no futuro. Imaginem 30 ou 40 anos mais velhos! Viver os primeiros 40 anos com saúde é biologicamente mais provável do que os restantes 40 ou 50 anos!

Após os 35 anos de idade, cada um de nós sofre os efeitos naturais do declínio de nossas funções vitais, em qualquer nível de saúde que nos encontremos. Como exemplo, um indivíduo com hábitos saudáveis de vida, que apresente uma taxa média de declínio das funções vitais de 0,5%/ano, aos 90 anos de idade, ele terá uma perda de 30% das habilidades funcionais. Por outro lado, o mesmo indivíduo, com hábitos de vida inadequados, poderá ter uma taxa média de declínio das suas funções vitais de 2%/ano, o que trará aos 90 anos de idade uma perda de 70% das suas habilidades funcionais.

O exercício físico, dentre outros fatores, pode retardar o declínio das funções vitais.

Podemos citar algumas modificações naturais no sistema musculoesquelético que acontecem após os 50 anos de idade:

  • Diminuição do número de fibras musculares e diminuição da força.
  • Diminuição da quantidade de colágeno total nos tendões e ligamentos, causando diminuição da capacidade de resistir às forças de tensão.
  • Diminuição da síntese de proteínas funcionais
  • Aumento do colágeno muscular, causando diminuição da flexibilidade.
  • Perda de massa óssea (homens: 0,4%/ano, mulheres: 1 a 7%/ano).
  • Diminuição do conteúdo de condrócitos (células da cartilagem)

Podemos citar algumas razões para praticarmos exercícios na 3ª idade:

  • Manutenção da independência das atividades de vida diária
  • Continuação das atividades recreacionais, ocupacionais e físicas.
  • Manutenção da força muscular, equilíbrio, marcha e velocidade.
  • Prevenção da atrofia muscular
  • Redução dos riscos de quedas e subseqüente hospitalização
  • Desaceleração da osteoporose e redução de fraturas
  • Diminuição dos sintomas de osteoartrose (degeneração articular).
  • Manutenção da auto-estima e satisfação

Os exercícios físicos têm valor não somente como forma de melhorar a saúde, mas também de minimizar os efeitos naturais do processo de envelhecimento, o que é um incentivo adicional na 3ª idade.

Nunca é tarde para começar a se exercitar! Bons treinos!