O salto alto e suas consequências!

8 de julho de 2017 | Por

O uso frequente dos sapatos com salto alto propicia o surgimento de algumas alterações biomecânicas no pé e tornozelo, capazes de modificar a maneira de se locomover ou de se manter em repouso.

  1. Limitação dos movimentos naturais do pé e tornozelo (prono-supinação) durante a marcha
  2. Modificação da marcha natural
  3. Modificação na distribuição do peso corporal sobre o pé
  4. Alterações nas zonas de pressão da planta dos pés durante a marcha ou no repouso
  5. Aumento das pressões sobre as estruturas ósseas, ligamentares e cartilaginosas do antepé
  6. Aumento das pressões laterais sobre os dedos dos pés, principalmente nos sapatos com câmaras anteriores estreitas e fechadas (sapatos altos de “bico fino”)
  7. Aumento da lordose lombar
  8. Modificação do centro de gravidade corporal
  9. Diminuição da ação muscular de contração da musculatura da perna quanto maior for a altura do salto
  10. Menor tensão de estiramento sobre o tendão calcâneo durante a marcha
  11. Limitação da ação muscular da perna no “bombeamento” do sangue venoso

O uso a longo prazo dos sapatos altos pode propiciar um aumento dos fatores de risco para uma série de lesões musculoesqueléticas e vasculares.

  1. Dor lombar (Lombalgia)
  2. Dores nos pés
  3. Aumento do risco de torsões do tornozelo
  4. Dificuldades de caminhar descalço ou com sapatos baixos
  5. Reações de estresse e fraturas de estresse dos ossos do pé
  6. Hallux Valgus (deformidade do 1o raio) e processos inflamatórios frequentes (“joanetes”)
  7. Inflamações e processos degenerativos da fáscia plantar
  8. Deformidades dos dedos
  9. Processos inflamatórios e/ou degenerativos do tendão calcâneo (aquiles)
  10. Aumento do volume de sangue venoso represado nos membros inferiores, com sinais e sintomas de inchaço, dores nas pernas e “sensação de peso”
  11. Varizes de membros inferiores

Medidas de prevenção:

  1. Evitar saltos com mais de 5 cm
  2. Exercícios de alongamento dos músculos do tronco (CORE), coxa e perna
  3. Exercícios de fortalecimento dos músculos do tronco (CORE), coxa e perna
  4. Crioterapia e massagens locais
  5. Ter sempre um tênis ou sapato baixo para ser utilizado após o horário de trabalho ou nos intervalos do trabalho
  6. Optar por saltos do tipo plataforma, pois reduzem as alterações biomecânicas e a sobrecarga que os saltos altos finos promovem
  7. Alternar os dias de utilização dos saltos altos e baixos